Os avanços tecnológicos proporcionaram o uso das lentes e câmeras especiais, para o diagnóstico e tratamento de pequenas lesões causadoras da dor nas pequenas articulações dos membros superiores. Os profissionais da Clínica da Mão de Caxias do Sul – RS, pioneiros nesta técnica na serra gaúcha, utilizam este equipamento para o tratamento de lesões da Fibrocartilagem Triangular (o menisco do punho) e das diversas e complexas Lesões Ligamentares, através de diminutos portais acessados pela articulação do punho. Em alguns casos os diagnóstico diferencial e o tratamento dos Cistos Sinoviais do punho são realizados com o uso destes instrumentos diminuindo a agressividade quando comparada a procedimentos abertos.
A rizartrose é a artrose na base do polegar – na articulação dos ossos carpo – do trapézio com o primeiro metacarpal, próximo ao punho. Este tipo de artrose é ocasionado pelo acúmulo de atividades que exijam o uso do polegar durante a vida, assim de origem idiopática (indeterminada), ou secundária a traumas, fraturas e instabilidade dos ligamentos desta região. Outra forma muito comum de artrose nas mãos são aquelas que envolvem as articulações interfalangeanas distais, as pontas dos dedos. As mulheres idosas são mais acometidas nestas duas patologias. O diagnóstico de ambas as patologias é realizado pela anamnese e exame clínico do especialista em Cirurgia da Mão, que poderá solicitar exames complementares. O tratamento depende da história, dos sintomas do paciente e grau radiológico, para que em conjunto possamos realizar desde o tratamento conservador ou mesmo o cirúrgico.
A artrose é uma patologia que pode acometer qualquer articulação do corpo humano. Atinge em especial as articulações mais usadas (mãos, ombros, joelho, quadril, pés). Consiste no desgaste dos componentes articulares (cartilagens e ligamentos) e com alterações adaptativas que levam a deformidade e a dor. Podem ser causadas pelo uso crônico, pós trauma, pós infecções, por doenças reumáticas, e são de difícil tratamento – controle. No ombro, podem exigir a substituição de toda a articulação do ombro por prótese ou podem ser realizadas pequenas correções através de procedimento artroscópico para alivio dos sintomas.
A Contratura de Dupuytren ou fibromatose da palma e dedos da mão, é uma doença benigna que acomomete mais os homens. Ela inicia com um nódulo na palma da mão e com o passar do tempo pode progredir com a deformidade em flexão dos dedos. Esta doença é indolor, podendo acometer todos os dedos, mas com mais frequência os dedos mínimo e anular. Alguns pacientes relatam coceira na região acometida formada pelas cordas que envolvem o feixe vasculonervoso. Com outros nomes esta mesma doença pode acomenter a sola dos pés (Doença de Ledhose) e o pênis (Doença de Perony). O diagnóstico é realizado pela anamnese e exame físico do Cirurgião da Mão que avaliará qual o tratamento mais indicado no momento da consulta. As indicações podem ser desde a simples observação, às mais variadas técnicas cirúrgicas.
O dedo em gatilho acomete mais as mulheres do que os homens, pode estar relacionado a alterações hormonais e ao diabetes melitos. Quando acomete as crianças, normalmente é o polegar, e esta patologia é dita congênita apesar de muitos autores discordarem sobre esta etiologia. Os pacientes sentem dor, ressalto (gatilho) ao movimento de extensão do dedo ou mesmo incapacidade de movimentá–lo, estágios esses que variam com a evolução da doença. O diagnóstico é feito durante a consulta com o Cirurgião de Mão, por meio do exame físico e testes complementares quando necessário. O tratamento pode ser realizado com infiltração, anti-inflamatório, analgésico e cirurgia quando fazemos a liberação da polia A1 por onde passam os tendões flexores do dedo acometido.
É a deformidade em posição de flexão da articulação interfalangeana distal, da ponta do dedo, por interrupção do tendão extensor, ocasionada por trauma
que pode ocorrer por lesões abertas e apresentar corte expondo o tendão e fragmentos ósseos ou ser fechada como por exemplo: Uma contusão com a bola
durante atividades esportivas. Nas lesões abertas, o paciente deve procurar imediatamente uma emergência para iniciar o tratamento o mais rápido possível, sob o risco de desenvolver infecção. As lesões podem ocorrem com fratura da base da falange distal ou somente por desinserção do tendão. O tratamento pode utilizar a imibilização ou a cirurgia, e depende do tempo de evolução, quanto mais tempo mais complexo pode ser tornar o tratamento; do grau de flexão: Quanto maior o grau de flexão mais lesões ligamentares ocorrem; quanto a superfície articular: Quanto maior o fragmento ósseo mais instável é a lesão. O paciente deve estar ciente que pode ocorrer mesmo após o tratamento algum grau de flexão residual.
É a dor na região lateral do cotovelo, descrita por alguns autores como cotovelo do tenista, apesar de também ocorrer em pessoas que nunca praticaram tal esporte. Os sintomas podem iniciar após pequenos traumas que envolvam a origem dos tendões dos músculos extensor radial curto do carpo e extensor comum dos dedos. O paciente passa a sentir dor ao escrever, nas tarefas que exijam extensão das articulações do punho e dedos. O diagnóstico é realizado pela anamnese e exame físico do especialista em Cirurgia da Mão. Exames de imagem podem complementar a investigação. O tratamento pode ser feito com exercícios de alongamento, fisioterapias, órteses (braces), infiltração e cirurgia dependendo do caso.
A epicondilite medial, também conhecida como cotovelo do golfista, é a dor no lado medial do cotovelo ocasionada por microtraumas, que acometem a origem dos tendões dos músculos pronador redondo e o flexor radial do carpo. Os pacientes sentem dor no lado medial do cotovelo, o qual pode piorar no momento em que realiza movimentos de flexão do punho e pronação do antebraço. O diagnóstico é através da anamnese e exame clínico com o Cirurgião da Mão que poderá solicitar exames complementares. Já o tratamento é semelhante ao da epicondilite lateral.
O antebraço, por sua posição anatômica, apresenta alta incidência de fraturas. Desde a infância até a adolescência essa parte anatômica prevalece como uma
das áreas mais afetadas por trauma. Com o aumento de esportes de impacto e de velocidade (principalmente ciclismo e motociclismo), tem se visto aumento importante nesses tipos de lesão. O tratamento dessas lesões consistem em correção de deformidades e possíveis lesões associadas de nervos, pele, tendões.
O braço, região que consiste na área entre o ombro e cotovelo, mais dificilmente é acometida por trauma. Geralmente corresponde a traumas de alta energia (acidentes de trânsito) ou mecanismo de torção (lutadores). Podem esta associadas a lesões neurológicas, sendo de tratamento diversificado dependendo da localização, intensidade do trauma e lesões associadas.
A lesão do manguito rotador consiste na ruptura, em vários níveis, de um ou mais tendões que compõem o manguito rotador do ombro. Patologia bastante comum em pacientes acima dos 60 anos, está relacionada ao uso excessivo do ombro, principalmente naqueles que realizam atividades com braços erguidos (estender roupas). Pode ser causada por trauma, principalmente em pacientes que já possuem síndrome do impacto do ombro. O tratamento consiste na reconstrução do manguito rotador através de cirurgia. A artroscopia do ombro, com materiais cada vez mais elaborados para esse fim, tem sido a técnica preferida para esse tratamento por ser pouco invasiva e recuperar o paciente de forma mais rápida.
A microcirurgia é uma técnica cirúrgica que utiliza microscópios e lupas para realizar a anastomose de pequenas estruturas. Esta técnica é utilizada por diversas especialidades médicas e também pelo especialista em Cirurgia da mão. Até 1960 foi realizada em modelos experimentais, em 1962, em Boston os cirurgiões
Malt e Mckhann realizaram o primeiro reimplante, de um menino de 12 anos, ao nível do antebraço, isto encorajou para que em 1968 os japoneses Komatsu e Tamai
realizassem o primeiro reimplante de dedos com sucesso, e a partir daí, em diversos centros do mundo houveram registros de reimplante. Para que seja possível realizar a cirurgia de reimplante é importante que seja tomado os seguintes cuidados: Com o coto proximal (lado com o paciente): realizar um limpeza com soro fisiológico ou água potável, não pinçar vasos, não realizar torniquetes, envolva o membro em curativo estéril e aplique compressão com os dedos e mãos no foco de sangramento, leve imediatamente a vítima para a emergência. Com o coto distal ou o lado amputado: limpeza com soro fisiológico ou água potável, envolva em uma compressa úmida e coloque em um saco plástico. Coloque o membro num recipiente com gelo. Atenção: o membro não deve ser congelado, lavado ou imerso no álcool.
A síndrome do Impacto do Ombro é uma patologia extremamente comum entre os adultos. Geralmente relacionada a dor no ombro ou desconforto na elevação do braço, pode ser causada por alteração dos ossos da região do ombro, bem como por alteração dos músculos dessa região decorrentes a falta de exercícios ou uso inadequado dos membros superiores. O tratamento consiste em aliviar os sintomas através do aumento do espaço subacromial, com exercícios específicos, fisioterapia ou até mesmo cirurgia. A artroscopia tem se demonstrado uma excelente arma no tratamento dessa patologia por ser pouco invasiva e dar rápida recuperação ao paciente.
É a compressão do nervo mediano ao nível do punho causada pelas estruturas presente dentro do túnel do carpo ou pelo seu estreitamento. Acomete mais as mulheres que os homens, principalmente durante o período gestacional e menopausa. Patologias como diabetes melitos, alterações dos níveis séricos do hormônio da tireóide e determinadas atividades laborais ainda que controversas, podem ser causa de síndrome do túnel do carpo. Os sintomas geralmente noturnos causam parestesia dos dedos da mão e ou falta de força no polegar. O diagnóstico é clínico, realizado na consulta com o Cirurgião da Mão, a eletroneuromiografia pode ajudar no diagnóstico. O tratamento pode ser não cirúrgico quando utilizamos infiltração no local, analgésico, antiinflamatório e imobilizador do punho. Ou, se necessário a
liberação cirúrgica do nervo mediano através de pequena incisão.
Esta patologia leva o nome do autor Fritz de Quervain que a descreveu em 1895. Os tendões abdutor longo do polegar junto com o extensor curto do polegar passam por um túnel osteofibroso localizado no processo estiloide do rádio. No uso diário do polegar e punho, pode causar dor e incapacidade de fletir o polegar e desviar ulnarmente o punho. As mulheres são mais acometidas que os homens, podem ser causadas por alterações anatômicas – tendões acessórios e túnel septado – assim como: alterações hormonais da gestação, menopausa, tireóide e patologias como o diabetes melitos podem ser a causa desta doença. O diagnóstico é identificado na consulta com o Cirurgião da Mão por meio de exame físico, porém em alguns casos pode ser necessário exames complementares. O tratamento é realizado com imobilização, infiltração, antiinflamtório, analgésico e cirurgia por uma pequena incisão para liberação destes tendões.
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